segunda-feira, 3 de março de 2014

Rentabilidade - Fevereiro de 2014

O rendimento da carteira PB foi de -4,57% contra uma queda do Ibovespa de -1,14%, o que me deu uma desvantagem de 3,46%. A meta do mês não foi alcançada e, por tabela, a meta do ano e histórica foram perdidas. 

Veja o quadro abaixo para mais detalhes:


Na prática fiquei R$ 7.000,00 mais pobre. Só esse ano perdi R$ 17.000,00. E isso é real e não teoricamente. O rendimento acumulado desde o início da carteira despencou para 0,51%, praticamente zerou.

Aportei R$ 20.000,00, depois de 5 meses sem aportar nada. Vendi dayc4 e comprei oibr3, posi3 e sapr4, além de reforçar em even3, bbas3 e pine4. Devo vender 2 ou 3 ações até o final do período de balanços.

Essa época é legal para balanços, pois temos eles até o final de março e depois já em maio temos novos balanços. Como dependo desses resultados para selecionar as ações, acabo ficando mais ativo.

Segue a carteira atual:


Tenho 4 contratos mini-dólar. Aliás, eles foram responsáveis por metade do prejuízo do mês. Mas se a Ucrânia ajudar, devo recuperar esse mês.

Esse mês recebi só R$ 150,00 de proventos de prbc4 e bbas3.

Sucesso a todos!

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Rentabilidade - Janeiro de 2014

Derretida legal na bolsa, mas nada que seja uma surpresa. Com os fundamentos da economia indo para o buraco, uma hora os preços têm que se realinharem com a realidade. E isso pode ser só o começo e não o fim.

O rendimento da carteira PB foi de -5,95% contra uma queda do Ibovespa de -7,51%, o que me deu uma vantagem de 1,69%. A meta pelo menos foi atingida. 

Veja o quadro abaixo para mais detalhes:



Na prática fiquei R$ 10.000,00 mais pobre. E isso é real e não teoricamente. O rendimento acumulado desde o início da carteira despencou para 5,32%, mas continua acima da meta histórica (20,46% > 17,28%). No mesmo período da carteira o Ibovespa caiu 12,5%.

Não aportei nada. Não vendi nada. Aumentei posição em whrl4. Novo aporte somente após a safra de balanços.

Segue a carteira atual:


Tenho 4 contratos mini-dólar.

Esse mês recebi só R$ 179,00 de proventos de pine4.

Sucesso a todos!

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Rentabilidade - Dezembro de 2013

O rendimento da carteira PB foi de 1,56% contra uma queda do Ibovespa de -1,86%, o que me deu uma vantagem de 3,48%, bem acima da minha meta. O rendimento no ano ficou negativo em -3,42%, mas dentro da meta (14,29% > 10,03%). 

Veja o quadro abaixo para mais detalhes:



Na prática fiquei R$ 2.500,00 mais rico. O rendimento acumulado desde o início da carteira aumentou para 11,97% e voltou a ficar acima da meta histórica (18,46% > 16,35%).

Não aportei nada. Vendi csna3 e unip6. Comprei cedo4 e unip5, e reforcei even3 e goau3.

Segue a carteira atual:


Ressalvo que a linha Rend dessa tabela é a mera diferença entre o valor de compra e o valor atual. Não há ajustes por dividendos, portanto alguns prejuízos na prática são menores do que o informado e em alguns casos nem prejuízo existe.

Além das ações, a carteira PB tem contratos mini-dólar que são mensalmente rolados. Eram 3 e agora em janeiro comprei mais um. Em termos práticos, isso equivale a ter uma aplicação em dólar no valor de R$ 96.000,00.

Esse mês recebi R$ 1.104,00 de proventos de coce3, cple3, rdni3, cmig3 e mtsa4.

Sucesso a todos!

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Ranking de empresas com o método PB

Hoje, eu vou apresentar uma tabela com um exemplo de ranking de ações que a minha rotina de seleção de ativos gerou. Quem acompanha o meu blog sabe que não faço análise ativa das empresas.

Isso significa que não leio balanços, releases, fatos relevantes, guidances, fóruns, nem notícias na mídia para decidir em quais empresas investir. Essa forma de investir traz vantagens e desvantagens que falarei mais abaixo.

Se você está chegando agora, vou resumir no que consiste o meu processo de seleção de papéis para ficar mais fácil entender a tabela abaixo. Todo o investimento que faço em ações é baseado apenas numa rotina pré-definida que utiliza dados fundamentalistas de todas as empresas disponíveis na bolsa. Esses dados eu retiro do site Fundamentus e exporto para o Excel.

Com base em cinco múltiplos fundamentalistas, que indicam se a empresa está cara ou barata, cada empresa tem seus múltiplos submetidos a uma fórmula que resulta numa nota individual. Depois basta colocar em ordem as notas que surge o resultado. O resultado é um ranking que começa com as empresas mais baratas e que segue progressivamente encarecendo. A lógica do investimento é comprar as empresas mais baratas.

É claro que o conceito de caro ou barato é partindo das premissas do método utilizado. Ele não tem a pretensão de declarar de forma absoluta isso. Muitas pessoas não irão concordar que aquela ou esta empresa esteja cara ou barata.

Esse método de investimento foi retirado do livro "What Works on Wall Street" de O' Shaugnessy. Já falei desse livro quando apresentei os resultados de investimentos baseados em P/L, P/VP, DY e ROE na série "O que é eficaz". A diferença é que o método que utilizo faz uso da combinação de 5 múltiplos e não de apenas um. Esse livro mostra que a combinação de mútiplos resulta em desempenho melhor ainda.

Acima de tudo, o importante do método é que ele é imparcial e objetivo, não tem sentimento, torcida ou preconceito por empresa alguma. Isso faz dele à prova de emoções. E emoções e bolsa não combinam.

A tabela abaixo foi gerada com dados do dia 18/11, portanto considerou o preço de fechamento desse dia e já o resultado do terceiro trimestre de todas as empresas.


Em tese a melhor carteira seria aquela formada com as empresas nas primeiras posições. Por exemplo, se o investidor quisesse ter 5 papeis, então deveria comprar as 5 primeiras, se quiser 10, compraria as 10 primeiras e assim por diante.

As empresas com asteriscos do lado de sua posição no ranking são empresas que tenho na carteira. Repare que não são exatamente as empresas mais bem colocadas, mas existem vários motivos para isso.

Primeiro, que eu utilizo um filtro de liquidez mínima para eu investir e isso acaba excluindo várias empresas no ranking, inclusive muitas bem posicionadas. Segundo, que tenho limites a exposições por setor, então quando esse limite atinge sou obrigado a pular uma empresa do mesmo setor e pegar as próximas. Exemplo disso são as elétricas, no geral elas ficam bem posicionadas, mas não vou me entupir delas. Terceiro motivo é que o ranking é dinâmico. Todo dia há pequenas alterações de posições em função da variação de preços, mas isso não me faz ficar alterando minha carteira. A carteira é ajustada apenas a cada trimestre.

Mas repare que as minhas empresas estão praticamente todas dentro do primeiro quartil. As piores colocadas são csna e fjta. As duas estão perigando sair da carteira no próximo balanço. A primeira porque seu preço subiu muito e com isso caiu no ranking, indicando que ficou cara. A segunda caiu no ranking por conta do resultado ruim. Ambas precisam vir com um balanço bom no próximo trimestre para melhorarem no ranking e continuarem na carteira. 

Eu vendi kepl3 mês passado por R$ 33,00, porque, apesar do balanço bom que veio, seu preço subiu muito fazendo com que sua posição no ranking caisse. Repare na tabela sua colocação em 148º. Ela estava nessa posição quando vendi. Depois vi o preço subir até R$ 42,00 para meu desespero. Hoje vi a kepl3 desabar para R$ 31,00. Se continuar caindo, uma hora o método vai dar compra e eu volto para ela.     

Se você sentir falta de alguma empresa no ranking é porque ela sequer passou por um pré-filtro para poder entrar no ranking.

Vantagens

A maior vantagem é o tempo livre que o método proporciona. Eu fico semanas sem abrir o home-broker e é comum passar o mês sem comprar ou vender nenhum ativo. É muito sossegado. A rotina é feito toda na mão, não tem nada automatizado, mas eu preciso fazer ela apenas na época de balanço.

Outra vantagem é segregação de funções. Eu aporto o dinheiro, mas o método é que diz onde investir. Toda minha experiência de vida que resulta em subjetivismos com preconceitos, torcidas e achismos, coisas difíceis de se mensurar economicamente, de nada influem na decisão.  

O giro na carteira é pequeno, isso significa poucos gastos com corretagens. No longo prazo essa economia ajuda na rentabilidade.

Pouca sensibilidade às oscilações momentâneas. O método não vai te fazer vender um papel só por causa de uma pequena alta. Kepl3 só vendi depois de ganhar 150%. Csna já rendeu 50% e ainda não deu venda. E ainda que o resultado de um trimestre seja ruim, é provável que o método não exclua da carteira, o que dá chance da empresa se recuperar no próximo. Ou seja, dá tempo para a empresa mostrar o resultado.

Desvantagens

Não garante um desempenho formidável, apenas alguma coisa acima da média de mercado e no médio prazo. No curto prazo pode perder fácil para o mercado.

O método foi testado no mercado acionário americano. Posso apenas induzir que funcione aqui também.

Para capturar a sinergia do método é necessário ter uma carteira com muitos papeis. Ter 5 ou 10 papeis é pouco, não vai conseguir observar um ganho de desempenho em relação ao mercado, ou para que isso transpareça seria necessário décadas. Mais de 30 papeis também não precisa ter. Acima de 30 o acréscimo de um papel não faz tanta diferença. O ideal é de 20 a 30.

Os bancos por apresentarem resultados diferentes, não possuem todos os múltiplos, ficando impossibilitados de participarem do ranking.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Investir com base no ROE é eficaz?

Olá pessoal, este é mais um post da série "O que é eficaz" no mercado acionário. Nos posts passados dessa série apresentei o resultados de investimentos baseados no Preço/Lucro, P/VP e DY. Se você quiser saber qual foi resultado clique nos links.

Agora eu vou mostrar o resultado de investimentos feitos exclusivamente com base no ROE. Return on Equity, ou ROE, que significa Retorno sobre o Patrimônio. Ele é calculado dividindo-se o Lucro Líquido pelo Patrimônio Líquido da empresa. A lógica dele é que para um dado patrimônio se espera retirar dele o maior lucro possível. Assim, quanto maior o lucro para um mesmo patrimônio, maior o ROE. O senso comum diz que quanto maior o ROE, melhor a empresa é, e que portanto isso deveria se refletir, no longo prazo, no preço das ações. 

Os resultados desse backtest eu retirei do livro What Works on Wall Street de O'Shaughnessy, 4ª edição, que não tem versão em português.

O backtest consistia em ranquear as ações do mercado americano em ordem decrescente de ROE e separar em grupos de 10%, chamados decis, e acompanhar mensalmente o rendimento desses decis com base num investimento inicial de $10.000,00 em cada decil. O backtest utilizou dados de 46 anos. Mais detalhes do método do backtest eu já descrevi nesses posts anteriores, portanto não vou repetir aqui, assim podemos ir para os resultados diretamente.

Como você pode ver na tabela abaixo retirada do livro, o primeiro decil, de maior ROE, gerou o maior rendimento. O rendimento médio composto foi de 12,29% ao ano, enquanto a média de todas ações renderam 11,22%. Uma diferença de pouco mais de 1% ao ano. Os rendimentos mostraram tendência de cair, na medida que o decil aumenta, ou seja, com o ROE diminuindo.


Uma informação importante dessa tabela é o Índice Sharpe (IS) de cada decil. O primeiro decil, apesar de ter o melhor rendimento, possui um oscilação maior de preço (desvio padrão), resultando num IS de 0,35. O IS quanto maior, melhor. Então, o melhor decil para IS foi o sexto, com IS de 0,42. Isso significa que apesar dele render menos que o primeiro decil, seus preços variavam bem menos, trazendo mais previsibilidade ao investidor.

Para entender melhor o que essa oscilação significa, veja o gráfico abaixo:


Esse gráfico mostra o excesso ou déficit de rendimento das ações do primeiro decil (maior ROE) com relação à média de todas as ações. Para amortecer a variabilidade, o gráfico calcula esse excesso/déficit considerando uma média móvel de 5 anos. Repare que, ainda assim, o primeiro decil perde, em alguns períodos, para a média do grupo. O maior período foram 7 anos perdendo para a média. Ou seja, mesmo se investindo no primeiro decil, corre-se o risco de se perder para média de mercado por muito tempo. Quem aguentaria seguir essa estratégia perdendo para o mercado por tanto tempo?

A tabela abaixo traz os detalhes mais técnicos do primeiro decil comparado com o resultado de todas as ações.


O gráfico abaixo traz a mesma informação na primeira tabela, mas na forma de barras.



A conclusão do autor é que o ROE maior apresenta maior desempenho, mas por uma margem pequena. Mas na prática, o que serve de útil ao investidor é que ele deve apenas evitar as empresas com os menores ROEs, pois o nono e décimo decis apresentaram rendimentos bem inferiores à media.

A minha conclusão é que o resultado do investimento com base no ROE, apesar de mostrar uma clara tendência de que o ROE maior ser melhor, confirmando o senso popular, na prática ele foi pouco eficiente em extrair valor para o investidor, além do que a média de mercado já produz.

Para entender o que estou dizendo, basta ler o post que mostro os resultados de investimentos com base no P/L e ver a diferença, além de que existem outros múltiplos que apresentam ótimos resultados, nos quais discorrerei em posts futuros.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Rentabilidade - Novembro de 2013

O rendimento da carteira PB foi de 0,48% contra uma queda do Ibovespa de -3,27%, o que me deu uma vantagem de 3,88%, bem acima da minha meta. O rendimento no ano ainda é negativo de -4,90%, mas o acumulado do ano que estava abaixo da meta voltou a ficar acima da meta (10,44% > 9,16%). 

Veja o quadro abaixo para mais detalhes:



Na prática fiquei R$ 800,00 mais rico. O rendimento acumulado desde o início da carteira aumentou para 10,26%, mas ainda abaixo da meta total (14,47% < 15,42). 

Não aportei nada, estava previsto o aporte padrão, mas estou aguardando a definição de um negócio, por isso segurei a grana. 

Nesse mês vendi coce3 e kelp3. A primeira com prejuízo de 8%. A segunda comprei por R$ 13 e vendi por R$ 33. Lucro de 150% em 7 meses. Kelp3 fechou o mês valendo R$ 42. Perdi mais essa alta de 27%. Comprei mtsa4 e estou tentando comprar outro papel, mas a liquidez está dificultando.

Segue a carteira atual:


Ressalvo que a linha Rend dessa tabela é a mera diferença entre o valor de compra e o valor atual. Não há ajustes por dividendos, portanto alguns prejuízos na prática são menores do que o informado e em alguns casos nem prejuízo existe.

Além das ações, a carteira PB tem 3 contratos mini-dólar que são mensalmente rolados. Em termos práticos, isso equivale a ter um aplicação em dólar no valor de R$ 70.000,00. Lembrando que o rendimento da primeira tabela inclui o resultado combinado desse dois ativos.

Esse mês foi recorde de proventos. Recebi R$ 1.746,00. Isso dá um rendimento de 1% na carteira. Recebi proventos de prbc4, eter3, whrl4, goau3, prvi3, kelp3, vivt3, csna3, bema3 e bbas3. Destaque para whrl4 que pagou 8% do seu valor em dividendos e me rendeu R$ 617.

No lado pessoal, o mês foi muito bom. Voltei a malhar forte, depois de 6 meses parado por causa de uma pequena cirurgia que fiz. Comecei a estudar uma quarta língua, e é incrível que quanto mais se estuda línguas mais fácil fica para aprender a próxima. Também, passei a jogar poker e já ganhei um pequeno torneio.

Sucesso a todos!

domingo, 3 de novembro de 2013

Rentabilidade - Outubro de 2013

O rendimento da carteira PB foi de 3,46% contra uma alta do Ibovespa de 3,66%, o que me deu uma desvantagem de 0,20%, longe da minha meta. O rendimento no ano é de -5,36%. O rendimento acumulado aumentou para 9,73%.

Veja o quadro abaixo para mais detalhes:


Na prática fiquei R$ 5.500,00 mais rico. O rendimento acumulado, porém, ainda está abaixo da meta pelo segundo mês consecutivo. 


Não aportei nada, conforme planejado, e em novembro volta o aporte padrão. Nesse mês não comprei nem vendi nada. Fazia alguns meses que não publicava a carteira, então segue ela. Recebi R$ 375,00 de proventos vindos de criv4, dayc4 e pine4.