quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Rentabilidade - Janeiro de 2013

Espetacular! Espetacular! Espetacular! Assim começa o ano de 2013 no mundo dos investimentos. Consegui um ganho sobre a Ibovespa que nunca pensei ser possível pelo tanto de empresas que tenho.

Depois de dezembro, que fiquei bem para trás do Ibov e inclusive perdendo a minha meta acumulada (mais detalhes veja aqui), consegui devolver toda a perda e acumular um ganho excepcional.

Em resumo, tive um rentabilidade de 4,03% contra a queda de 1,95% do Ibov, portanto um ganho de 6,10% sobre o Ibov. Com isso o rendimento da carteira sobre o Ibov, que havia ficado abaixo da meta pela primeira vez em dezembro, voltou a ficar acima da meta. Como minha meta é 0,80% sobre o Ibov por mês, agora estou com 4 meses de vantagem.
 

Com o ano novo, zerei os valores das colunas de acumulado do ano (em azul) e acrescentei mais 3 colunas para o acumulado histórico (em laranja).

Não movimentei a carteira nem aportei nada, e provavelmente nem o farei em fevereiro, porque estou esperando a publicação dos balanços. Então pode ser que haja aporte triplo em março como foi em novembro. 
  
Veja quem são os 25 guerreiros que proporcionaram esse ganho:
 

Destaque para bema3 com 26% e sapr4, unip6 e cgra4 com 15%.

Recebi R$ 180,00 de proventos vindos de card3, pine4 e dayc4. Também recebi direitos de subscrição de eqtl3 e abcb4, que foram vendidos e resultaram em R$ 25,00. Foi a primeira vez que recebi esses direitos. É mais uma forma de valorização.

Desculpem a euforia, mas quando a gente perde lamenta e quando ganha tem que vibrar. 

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Carro - O destruidor de aportes

Nesse mundo capitalista de farta oferta de produtos e serviços é fácil torrar todo o suado dinheirinho ganho e não poupar nada.

Mas disparado, o maior destruidor de aportes e, consequentemente, o maior obstáculo a independência financeira é o carro. Se você pensa em começar a economizar, comece avaliando pelos gastos que seu carro dá. Nem adianta perder tempo olhando os gastos de cinema, salão de beleza, academia, roupa, telefone etc, se você ainda não parou para avaliar os seus gastos com seu carro.

Portanto, vou te mostrar como avalio os gastos que meu carro me dá. Eu tenho uma planilha que eu fiz que calcula tudo para mim. Nela, eu considero os gastos com combustível, manutenção, taxas e impostos, seguro e depreciação. 

Com essa planilha eu tenho noção exata de quanto o meu carro me custa. E toda vez que eu penso em trocar de carro, eu uso a planilha para estimar quanto que me custaria para manter o carro que estou querendo comprar, daí eu vejo o resultado e acabo me conformando em ficar o meu carro mesmo.

Veja bem, eu não estou pregando andar de carro velho caindo aos pedaços, o meu não é assim, o que eu prego é ter ciência do quanto seu carro te custa e repensar se realmente você pode bancá-lo. Tem gente que não sabe nem quanto gasta de gasolina por mês, muito menos o custo total por mês que o carro dá, depois fica reclamando que nunca sobra dinheiro. É claro, porque não sabe para onde ele está indo.

A imagem abaixo é da planilha com um exemplo real do cálculo do custo total de um carro que eu tive:


A planilha pede várias informações que devem ser inseridas nas células azuis. O resultado é o custo total do carro no ano, o custo mensal e o custo por Km rodado.

Várias informações são fáceis de se obter, porém o preço dos itens de manutenção podem ser um problema para quem não tem histórico ou noção dos preços.

Então na planilha tem uma opção de cálculo simplificado, mas bem realístico pelos meus testes, em que não se precisa saber nada sobre custo de manutenção. Abaixo a versão simplificada:


Reparem que no meu exemplo, um carro de meros R$ 20.000,00, pode custar R$ 600,00 por mês! E muitas pessoas tem mais de um carro e de maior valor.

E nem considerei caso o carro seja financiado, que é maioria deles, porque aí teria que somar também o custo de juros pago anualmente.

Só como exemplo, tenho dois carros que me custam R$ 1.500,00 por mês. É uma fábula, são R$ 18.000,00 por ano. Mas pelo menos tenho ciência disso. E não são nada novos, um tem 5 e outro 10 anos, juntos valem R$ 55.000,00, menos que muitos carros novos. Agora imagine quanto custa para manter um carro novo de R$ 80.000,00 e ainda financiado! 

Se você quiser calcular o rombo que seu carro causa no seu aporte, baixe a planilha aqui: http://www.speedyshare.com/AtZFW/Gastos-com-veiculo.xls 

Obs: atualizei a planilha, porque tinha excluído sem querer o custo com seguro. Na verdade no exemplo, o custo mensal é de R$ 680,00. 

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Rentabilidade - Dezembro de 2012



Olá a todos estou de volta depois de umas férias. Na verdade nunca me distanciei da blogsfera, pois estava sempre lendo os novos posts dos amigos, mas não tinha tempo para escrever.

Pois bem, vamos ao balanço de dezembro. Neste mês o Ibovespa disparou, puxado principalmente pela Vale. Eu fiquei para trás.

Apesar do bom ganho de 3,49%, a verdade é que fiquei 2,41% abaixo do mercado. Além disso, essa diferença todo acabou com a gordura de rendimento acumulado que eu tinha e me colocou pela primeira vez abaixo da minha meta.


A carteira é composta das mesmas ações de novembro e o aporte padrão foi usado para reforçar a posição em algumas empresas. Recebi 80 reais de proventos no total vindos de BBAS3 e AUTM3.

Fazendo um pequeno balanço do ano, acho que foi sensacional. Eu já tinha operado a bolsa antes, mas nunca com tanto dinheiro e pela primeira vez fiz sistematicamente controlando rendimento e seguindo um método de seleção de empresas.  Obtive 15,94% de rendimento de maio a dezembro e o patrimônio na bolsa cresceu 6.000 reais.

sábado, 1 de dezembro de 2012

Rentabilidade - Novembro de 2012

Olá a todos, vamos ao nosso balanço do mês. Conforme prometido esse mês foi aporte triplo para compensar setembro e outubro sem aportes. O rendimento mensal em cota foi de 1,14% contra 0,71% do Ibovespa. Isso dá 0,42% acima do índice, portanto não atingi a meta de pelo menos 0,80% acima. Mas no acumulado do ano estou acima da meta.


Girei bastante a carteira, comprando com a grana do aporte e com o levantado da venda de algumas empresas. Recebi ao todo R$ 196,00 de proventos de seis ações, que foram usados nessas compras.

Essa é minha carteira com 25 empresas, sendo que cada uma compõe cerca de 4% do total. Em dezembro o aporte volta ao normal.
 


aviso que a publicação do balanço de dezembro vai atrasar, pois estarei flanando na Europa. Afinal, se vier o fim do mundo, que pelo menos seja desfrutando no velho continente.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Investir com base no P/VP é eficaz?

Olá a todos, volto aqui para falar de outro múltiplo muito usado na seleção de ativos. Nesse post Investir com base no Preço/Lucro é eficaz? eu apresentei os resultados de uma carteira montada exclusivamente com base no Preço/Lucro. Agora eu vou falar do múltiplo P/VP e apresentar os resultados que teríamos com uma carteira montada exclusivamente com esse múltiplo.

Esse múltiplo é muito famoso também e bastante utilizado principalmente pelos investidores que adotam a filosofia de investir em valor.  

Resumidamente, o P/VP é razão entre o preço da ação e o valor patrimonial da ação. O primeiro é simplesmente o preço da ação na bolsa de valores. O segundo é o valor patrimonial de uma ação calculado com base no patrimônio líquido lançado no balanço contábil da empresa e no número de ações do capital social.

Valores abaixo de 1 significam que o preço da ação no mercado é inferior ao valor contábil dela e acima de 1 o inverso. A teoria do investimento em valor prega que quanto menor o P/VP melhor. Mas será?

Os resultados abaixo foram tirados do livro What Works on Wall Street de James O'Shaughnessy. Mas primeiro, há que se entender como e quais os critérios utilizados por ele para se calcular os benefícios do P/VP na seleção de ações por meio de uma análise quantitativa simulada em computador. O período estudado vai de 1927 a 2009, portanto incríveis 83 anos.

Ele com base no preço histórico de cada ação e do seu valor patrimonial calculou o P/VP do total de ações e ordenou do menor para o maior P/VP. Daí, ele montou várias carteiras virtuais no qual ele investia $10.000 no conjunto de ações que integrasse cada faixa de 10% da ordenação de P/VP. O valor investido era rateado igualmente entre todas as ações que integrasse esse cada decil (10%).

O investimento era todo feito num determinado mês e rebalanceado a cada 12 meses, com base numa nova ordenação de P/VP, do menor para o maior. Para evitar a tendência de um mês do ano ser melhor para comprar ou vender do que outros meses, ele montou, na verdade, doze carteira para cada decil, cada uma com o investimento e rebalanceamento num determinado mês, e daí calculou o resultado médio. Nenhum investimento era feito ao longo do estudo, portanto existia apenas o investimento inicial que era rebalanceado anualmente.

A primeira coluna apresenta o resultado da carteira montada com as ações dos P/VP 10% menores. A segunda coluna é o resulado com uma carteira montada com a faixa dos 20%. A última coluna é o resultado de uma carteira composta por todas as ações existentes, que representam o desempenho do mercado.


Primeiro decil Segundo decil Todas ações
Retorno médio ao ano 11,33% 12,68% 10,46%
Desvio padrão 29,26% 23,73% 21,67%
Meses positivos 603 622 606
Meses negativos 393 374 390
Índice Sharpe 0,22 0,32 0,25
$ 10.000 virou $ 74.047.642 $200.324.516 $38.542.780
 
A primeira observação é que o primeiro decil, o conjunto de 10% de ações com os menores P/VP não apresentou o melhor resultado, diferentemente do resultado carteira P/L que respeitou religiosamente a regra de que quanto menor melhor. O melhor resultado foi encontrado no segundo decil.

O primeiro decil, além de ter perdido no rendimento acumulado para o segundo decil, apresenta maior volatilidade medida pelo desvio padrão. O resultado disso é que o primeiro decil apresenta índice Sharpe bem abaixo do do segundo decil e até abaixo do Sharpe do mercado.

O índice Sharpe serve para comparar a eficiência da rentabilidade de uma carteira. Como de investimentos com maior risco se espera maior rentabilidade do que de um de menor risco, é injusto comparar a rentabilidade obtida por investimentos com riscos diferentes. Então, para isso, existe esse índice que permite comparar qualquer tipo de investimento, mesmo com rentabilidades e riscos diferentes um dos outros. Esse índice quanto maior melhor.

Em termos de índice Sharpe, o melhor decil mesmo foi o terceiro. Com rendimento de 12,28%, inferior ao do segundo, mas com volatilidade menor de 21,58%, acabou com Sharpe de 0,34.

A tabela abaixo mostra o desempenho de cada decil. Se alguém tivesse investido no décimo decil teria com seus 8,1% de rentabilidade anuais produzido $6.440.263 a partir do $10.000 contra os duzentos milhões do segundo decil.

 
A tabela abaixo ilustra melhor a comparação do rendimento de cada decil e do mercado.

 
O gráfico abaixo tirado do livro mostra o excesso de rentabilidade da carteira do primeiro decil P/VP sobre o mercado, considerando uma média móvel de 5 anos. Infelizmente o livro não trás esse mesmo gráfico para o segundo decil, que foi de melhor resultado.


Pelo gráfico vê-se que o baixo P/VP no geral bate o mercado, porém há longos períodos de até dez anos em que esse múltiplo perde do mercado. Por conta disso, o autor alerta para análises desse múltiplo com períodos pequenos, pois dependendo do período estudado é possível concluir que o P/VP ganha, perde do mercado ou até é indiferente.

Pelos resultados não há como negar que existe relação entre o P/VP e o rendimento, porém considero esse múltiplo um drive mais fraco que o P/L. Primeiro pelo rendimento inferior do primeiro decil, provavelmente contaminado com empresas falimentares de baixo P/VP, o que exige não apenas uma ordenação com se fez com o P/L, mas um poda dessa ponta podre. Segundo que o rendimento apresentado foi inferior ao do P/L.  

Mas e você? ainda se sente tranquilo comprando mplu3, natu3, lame4 e cruz3, todos com P/VP maior que 20, quando a média do mercado das empresas com patrimônio líquido positivo é de 2,15?

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Rentabilidade - Outubro de 2012

Olá a todos, mais um mês que vai e meta atingida. A carteira caiu 2,41% contra queda de 3,56% do Ibovespa. Assim, fiquei a frente do índice por 1,19%, acima da minha meta de 0,80%. Apesar de ter perdido dinheiro isso não importa, porque o conta para mim é a meta cumprida ou não. Tanto é que em setembro obtive um excelente ganho de 2,94%, mas como o índice subiu mais que isso eu não cumpri a meta. Ou seja, este mês estou feliz, mesmo perdendo dinheiro, e mês passado fiquei triste, mesmo ganhando dinheiro.



Mais um mês que não fiz aporte. Preferi aguardar a safra de balanços que já começou. Então em novembro vai ter aporte triplo. Não se assustem com o valor. Abaixo segue a carteira atual. Destaque para elet3 e rsid3, que estão afundando o rendimento. Em compensação tem fjta4. Recebi uns troquinho de proventos que estão na conta da corretora, num lembro agora, mas não deu cem reais.


Novembro, então, vai ser movimentado para mim. Muitas compras depois de dois meses só babando nas prateleiras. Até logo.

sábado, 13 de outubro de 2012

Investir com base no Preço/Lucro é eficaz?

Olá gente, esse é o primeiro post que faço para tratar de algum assunto de investimento, que não sobre a rentabilidade da minha carteira.

Um dos mais antigos métodos para seleção de ações é a análise dos dos múltiplos de um grupo de ações. Um múltiplo é simplesmente a razão entre dois parâmetros de alguma relevância para o investidor. O objetivo do múltiplo é permitir a comparação entre diversas ações e assim raqueá-las da mais barata à mais cara com base num mesmo critério.

Existem dezenas de diferentes múltiplos, mas existe um que é disparado o mais popular: Preço/Lucro, ou simplesmente P/L. Devido a sua simplicidade de cálculo, facilidade de entendimento e principalmente por compreender dois parâmetros obviamentes importantes para o investidor, o preço que ele paga e o lucro que dá pelo o que ele está pagando, esse múltiplo é o mais divulgado, observado e discutido do universo das ações. E a crença popular diz que quanto menor o P/L melhor.

Mas então fica a pergunta: o P/L é realmente eficaz na seleção de ações baratas e com potencial de valorização? se sim, quanto eficaz?

No Brasil, só é possível responder essas perguntas qualitativamente, com base na experiência e sentimento de investidores e gestores, pois não há estudos de longo prazo sobre isso. Porém, nos EUA, país das estatísticas, James O'Shaughnessy tem respondido essas perguntas desde 1996, quando lançou o seu livro What Works on Wall Street. Este livro teve a quarta edição lançada no ano passado e vou aqui apresentar os resultados que ele encontrou.

Primeiro, há que se entender como e quais os critérios utilizados por ele para se calcular os benefícios do P/L na seleção de ações por meio de uma análise quantitativa simulada em computador.

Ele com base no preço histórico de cada ação e do lucro da época calculou o P/L do total de ações (13.000 ao longo do período estudado) e ordenou do menor para o maior P/L. Daí, ele montou uma carteira virtual no qual ele investia $10.000 no conjunto de ações que integrasse os 10% com os menores P/L. O valor investido era rateado igualmente entre todas as ações que integrasse esse primeiro decil (10%).

O investimento era todo feito num determinado mês e rebalanceado a cada 12 meses, com base numa nova ordenação de P/L. Para evitar a tendência de um mês do ano ser melhor para comprar ou  vender do que outros meses, ele montou, na verdade, doze carteira, cada uma com o investimento e rebalanceamento num determinado mês, e daí calculou o resultado médio. Nenhum investimento era feito ao longo do estudo, existia apenas o investimento inicial que era rebalanceado anualmente.

Não vou entrar em detalhes, mas ele teve cuidado para evitar a influência de look-ahead bias, survivorship bias e data mining

O período estudado vai de 1964 a 2009, portanto 46 anos. Interessante registrar que ele diz que para ter 95% de confiabilidade são necessários pelo menos 25 anos de dados, pois dependendo de fatores da conjuntura econômica, as estratégias baseadas em múltiplos apresentam desempenhos diferentes, assim, afim de compreender todas essas variações, quando mais longo o período avaliado, mais relevante o resultado e vice versa.

Chega de papo e vamos ao que interessa:

A primeira coluna apresenta o resultado da carteira montada com as ações dos P/L 10% menores. A outra coluna é o resultado de uma carteira composta por todas as ações existentes, que representam o desempenho do mercado.


Primeiro decil Todas ações
Retorno médio ao ano 16,25% 11,22%
Desvio padrão 18,45% 18,99%
Meses positivos 351 329
Meses negativos 201 223
Índice Sharpe 0,61 0,33
$ 10.000 virou $ 10.202.345 $ 1.329.513

Verificamos que a carteira baixo P/L bateu o mercado por uma diferença de 5% ao ano. Pode parecer pouco, mas aguarde para ver o que juros compostos fazem.

O desvio padrão indica a volatilidade da carteira, o que pode ser entendido também como risco. Maior desvio padrão, maior volatilidade e maior risco. O desvio padrão das carteiras foram similares, mas a carteira baixo P/L foi um pouco melhor.

Isso é ótimo, pois significa que além de retorno maior, esse retorno não veio acompanhado de risco maior, algo normal no mundo dos investimentos, até pelo contrário, o risco foi até menor.

Ao longo dos 46 anos, a carteira baixo P/L ficou mais meses com ganhos que o mercado.

O índice Sharpe serve para comparar a eficiência da rentabilidade de uma carteira. Como de investimentos com maior risco se espera maior rentabilidade do que de um de menor risco, é injusto comparar a rentabilidade obtida por investimentos com riscos diferentes. Então, para isso, existe esse índice que permite comparar qualquer tipo de investimento, mesmo com rentabilidades e riscos diferentes um dos outros. Esse índice quanto maior melhor.

Então vemos que como os riscos são similares, mas a rentabilidade da carteira baixo P/L é maior, o seu Sharpe também é maior.

Agora veja o resultado financeiro do juros compostos. Ao final de 46 anos, os $10.000 viraram mais de dez milhões, enquanto o mercado fez pouco mais de um milhão. Uma diferença de 650%.

O gráfico abaixo tirado do livro mostra o excesso de rentabilidade da carteira baixo P/L sobre o mercado, considerando uma média móvel de 5 anos. O desempenho do baixo P/L foi superior 90% do tempo.


A tabela abaixo mostra o desempenho de cada decil. Interessante notar que menor P/L sempre é uma situação vencedora. Não há decil que desrespeite a regra de que quanto menor melhor. Se alguém tivesse investido no décimo decil teria com seus 5,5% de rentabilidade anual produzido $118.000 a partir do $10.000 contra os mais de dez milhões do primeiro decil.


 A conclusão de O'Shaughnessy é que baixo P/L rende substancialmente melhor que o mercado pelo mesmo risco oferecido. Cita que isso é algo que Graham e Dodd já sabiam na década de 40, tanto que no livro Security Analysis, eles dizem "Pessoas que habitualmente compram ações com P/L maior que 20 são prováveis perdedoras de dinheiro no longo prazo"

A minha conclusão é que de fato o P/L é um drive poderoso para indicar potencial de rentabilidade. Se a única informação que eu tivesse entre duas ações fosse o P/L não teria dúvida de pegar o menor. Mas nunca temos somente esse informação, não é? Temos também vários outros múltiplos. Mas isso é assunto para outros posts.

Mas e você? ainda se sente tranquilo comprando ambv4, natu3 e cruz3 com P/L de 27, quando a média do mercado é de 12?